Uma qualquer pessoa (excerto)
Precisava de dar qualquer coisa a uma qualquer pessoa
Uma qualquer pessoa que a recebesse
num jeito de tão sonâmbulo gosto
como se um grão de luz lhe percorresse
com um dedo tímido o oval do rosto.
Uma qualquer pessoa de quem me aproximasse
e em silêncio dissesse: é para si.
E uma qualquer pessoa, como um luar nascesse,
e sem sorrir, sorrisse,
e sem tremer, tremesse,
tudo num jeito de tão sonâmbulo gosto
como se um grão de luz lhe percorresse
com um dedo tímido o oval do rosto.
António Gedeão, Obra Poética, p.95
Uma qualquer pessoa que a recebesse
num jeito de tão sonâmbulo gosto
como se um grão de luz lhe percorresse
com um dedo tímido o oval do rosto.
Uma qualquer pessoa de quem me aproximasse
e em silêncio dissesse: é para si.
E uma qualquer pessoa, como um luar nascesse,
e sem sorrir, sorrisse,
e sem tremer, tremesse,
tudo num jeito de tão sonâmbulo gosto
como se um grão de luz lhe percorresse
com um dedo tímido o oval do rosto.
António Gedeão, Obra Poética, p.95
4 Comments:
Como essa dádiva seria linda:)
beijos
Excelente este excerto! Aliás, adoro Gedeão...beijos, Dulce.
Há coisas sem explicação...
apenas percorrer com um dedo tímido o oval do rosto para o luar, renascer.
Miau, miau!
Gosto bastante da poesia de Gedeão e é sempre bom encontrá-la por aqui nesta blogosfera sem fim.
Um abraço
Teres David
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