domingo, setembro 17, 2006

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Dançam as árvores puras sacudidas
Pelas chuvas verdes
O dia tem em si mãos interrompidas
Que um desejo absurdo ergue.

Sophia de Mello Breyner Andresen, "Dia do Mar", Caminho, LIsboa, 2005, p.96

9 Comments:

Blogger Ana Fundo said...

:-)))))))))))
Fiquei feliz...é sinal que gostaste....
Bjkinhas
Ana

9:52 da tarde  
Blogger JPD said...

Uma delícia!
É ou não é, Dulce, a poesia da Sophia.
Bjs
Excelente escolha

10:11 da tarde  
Blogger wind said...

Belo!
beijos

10:35 da tarde  
Blogger Su said...

deixo.te jocas maradas de gostar

11:43 da tarde  
Blogger Maria Carvalho said...

Dias assim de mãos interrompidas. Beijos para ti.

10:18 da manhã  
Blogger Passaro Azul said...

Querida Dulce,
de regresso das minhas ilhasencantadas, deparo-me com o teu espaço, sempre tão agradável, de que já tinha saudades. Deixo-te o meu abraço com o carinho e a amizade de sempre.

3:36 da tarde  
Blogger luis manuel said...

O que leva a pensar em desistir ?
Usando a capacidade de perceber quais as capacidades próprias, poder-se-á estabelecer limites. Os quais, reconhecidos como avaliação das variáveis humanas que a cada um se sobrepôem, serão um produto muito simples das opções e escolhas que nos propomos, em resultado da nossa natureza e condição.
Sendo assim, os mesmos até nem serão, na sua maior parte, muito concretos ou definidos.
Importa então perceber quando, como e porquê aquilo a que nos propusemos não está ao nosso alcance. E aí, poderemos com toda a humildade encarar a possibilidade de desistir.
Mas, e desistir de viver ?
Não creio que haja dúvida em que se trata de algo que nos transcende, e logo á partida impossível de escolher. Do mesmo modo que não escolhemos nascer.
Sentir desilução e cansaço, deixar os braços cairem. Querer e sentir a oposição de amarras e mordaças. Travar uma luta desigual, onde a vontade própria parece não ter meios para combater. Perder o medo da atitude derrotista.
Enfrentar o combate com a morte ? Desistir de viver ?
Não, não se escolhe.
Nem mesmo quando se consegue pular o mês de Setembro e cair num outro lugar onde uma Primavera nos prepara o Verão das nossas vidas.
O corpo desobediente. A revolta.
"Apenas uma vez por ano. E passa rápido"
A Primavera nos outros, o Verão nos filhos. Não é um consolo...? é como viver em Conceição de Mato Dentro.

Um beijo, amiga

4:07 da tarde  
Blogger Aldina Duarte said...

Que saudades do mundo com mais uma pessoa única como Sophia de Mello Breyner!

Até sempre

1:28 da manhã  
Blogger DE-PROPOSITO said...

Dançam as árvores puras sacudidas
Pelas chuvas verdes
O dia tem em si mãos interrompidas
Que um desejo absurdo ergue.

Tentando percebe-la.
Será frustração?!.
Beijinhos para ti
manuel

12:37 da manhã  

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