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Dançam as árvores puras sacudidas
Pelas chuvas verdes
O dia tem em si mãos interrompidas
Que um desejo absurdo ergue.
Sophia de Mello Breyner Andresen, "Dia do Mar", Caminho, LIsboa, 2005, p.96
Pelas chuvas verdes
O dia tem em si mãos interrompidas
Que um desejo absurdo ergue.
Sophia de Mello Breyner Andresen, "Dia do Mar", Caminho, LIsboa, 2005, p.96
9 Comments:
:-)))))))))))
Fiquei feliz...é sinal que gostaste....
Bjkinhas
Ana
Uma delícia!
É ou não é, Dulce, a poesia da Sophia.
Bjs
Excelente escolha
Belo!
beijos
deixo.te jocas maradas de gostar
Dias assim de mãos interrompidas. Beijos para ti.
Querida Dulce,
de regresso das minhas ilhasencantadas, deparo-me com o teu espaço, sempre tão agradável, de que já tinha saudades. Deixo-te o meu abraço com o carinho e a amizade de sempre.
O que leva a pensar em desistir ?
Usando a capacidade de perceber quais as capacidades próprias, poder-se-á estabelecer limites. Os quais, reconhecidos como avaliação das variáveis humanas que a cada um se sobrepôem, serão um produto muito simples das opções e escolhas que nos propomos, em resultado da nossa natureza e condição.
Sendo assim, os mesmos até nem serão, na sua maior parte, muito concretos ou definidos.
Importa então perceber quando, como e porquê aquilo a que nos propusemos não está ao nosso alcance. E aí, poderemos com toda a humildade encarar a possibilidade de desistir.
Mas, e desistir de viver ?
Não creio que haja dúvida em que se trata de algo que nos transcende, e logo á partida impossível de escolher. Do mesmo modo que não escolhemos nascer.
Sentir desilução e cansaço, deixar os braços cairem. Querer e sentir a oposição de amarras e mordaças. Travar uma luta desigual, onde a vontade própria parece não ter meios para combater. Perder o medo da atitude derrotista.
Enfrentar o combate com a morte ? Desistir de viver ?
Não, não se escolhe.
Nem mesmo quando se consegue pular o mês de Setembro e cair num outro lugar onde uma Primavera nos prepara o Verão das nossas vidas.
O corpo desobediente. A revolta.
"Apenas uma vez por ano. E passa rápido"
A Primavera nos outros, o Verão nos filhos. Não é um consolo...? é como viver em Conceição de Mato Dentro.
Um beijo, amiga
Que saudades do mundo com mais uma pessoa única como Sophia de Mello Breyner!
Até sempre
Dançam as árvores puras sacudidas
Pelas chuvas verdes
O dia tem em si mãos interrompidas
Que um desejo absurdo ergue.
Tentando percebe-la.
Será frustração?!.
Beijinhos para ti
manuel
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