domingo, setembro 10, 2006

Schhhhh............


Suspenso. O tempo e a vida. Ali, à beira do lago.
Uma clareira no meio da floresta. Luxuriante. Plena de aromas. De árvores centenárias que almejavam o céu. No alto, um rendilhado bordado de arco-iris. No ar a frescura das manhãs.
Fora daqui o ar estava abafado e as ruas ruidosas e poeirentas. Fora daqui, os relógios cumpriam o seu destino. Fora daqui, movia-se o mundo. Fora daqui ... porque à beira daquele lago tudo parara.
Tinha forma irregularaquele lago, e nas suas águas verde escuro flutuavam pequenas folhas, minúsculas flores que caíam do céu. O caminho contornava-o - sinuoso e sombrio - vereda estreita que a sombra protegia. O banco que me acolhia, permitia abarcar com a vista todo este espaço. Descansar o olhar. Mergulhar em toda esta beleza.
Agora, já longe, sinto que um véu de água me tolda a visão. Uma saudade imensa daquele dia. Daquele profundo silêncio. Daquela imensa paz.
À beira daquele lago as vozes tinham que ser sussurradas, e as palavras pensadas para que não violassem toda aquela pureza.
À beira daquele lago só era permitido estar. De uma forma quase irreal. Quase mística. Diluídos na paisagem. Como se a integrássemos.

(Foto, minha)

11 Comments:

Blogger Maria Carvalho said...

À beira desse lago só é possível estar. Eu estive, através das tuas palavras. Beijos.

3:52 da tarde  
Blogger wind said...

Dizes-me onde é esse lago, por favor?
Não chores...
Linda foto:)
beijos

5:12 da tarde  
Blogger JPD said...

O vale dos fectos no Buçaco é extraordinário.
Um lago e (a)fe(c)tos é outra coisa seja em que local for.
Bjs

11:41 da tarde  
Blogger JPD said...

Na primeira frase onde se lê 2factos" deve ler-se FETOS
(mALDITAS GRALHAS!!!!!!)

11:42 da tarde  
Blogger Ana Fundo said...

Schhhhhhhhhhhhhhhhh....
Amanhã vou ver se me esqueço, hihihiihihihihih
Beijokinhas
Ana

9:50 da manhã  
Blogger vero said...

Que paz querida amiga... que Paz!!!
Beijinhos***

5:56 da tarde  
Blogger Poesia Portuguesa said...

Nesta calma maravilhosa que apela à poesia, venho dizer-te que já postei o teu poema...
Espero que gostes da imagem que escolhi para o emoldurar...

Um abraço carinhoso e boa semana ;)

10:54 da tarde  
Blogger Menina Marota said...

Sente-se nas palavras o efeito calmante da paisagem...
Gostei muito do texto e da imagem.
Grata pela partilha ;)

Um abraço e boa semana ,)

10:56 da tarde  
Blogger Diolindinha said...

Ai vizinha, senti o mesmo quando fui aos Açores!... Que paisagens tão lindas! Claro que não é necessário saír do continente pois aqui tamnbém há lugares bonitos para fugir da barulheira da cidade!

11:52 da tarde  
Blogger Aldina Duarte said...

Só as saudades da paz nos ensinam a desfazer as guerras no futuro (digo eu!...)!

Um abraço!

12:06 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Tipico Do teu amigo que não lê de cima bara baixo! Deixa que as coisas boas se estendam no tempo para saborear temperadamente e com tempo. Assim sou eu.
Que bom hoje ter passado aqui e lido o que de certa forma ja sabia que tinhas vivido, mas nunca lido sobre esse dia.
Lindo, fundir-se na natureza com o respeito pelo lugar encantado! Sim tu consegues doce e meiga como és, Diria era mesmo que foi aquele lugar que se fundiu contigo e te sussurrava para ali ficares sentada, o lago eram as lagrimas de alegria por te ali terem...
beijinho do te sempre amigo.

1:53 da tarde  

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