...
Serenamente sem tocar nos ecos
Ergue a tua voz
E conduz cada palavra
Pelo estreito caminho.
Vive com a memória exacta
De todos os desastres
Aos deuses não perdoes os naufrágios
Nem a divisão cruel dos teus membros.
No dia puro procura um rosto puro
Um rosto voluntário que apesar
Do tempo dos suplícios e dos nojos
Enfrente a imagem líquida do mar.
Sophia de Mello Breyner Andresen, "O tempo dividido", Caminho, Lisboa, 2005, p.47
(Foto, minha)
5 Comments:
Gostei muito do poema da Sophia e da tua foto! A música está muito bem escolhida...Perfeito!
Bjs
A última quadra é de uma beleza e realidades únicas:)
Bela foto;)
beijos
Precios poema Dulce. Un beso para ti.
Como é bom começar a manhã com poesia da mais alta qualidade Dulce... Obrigada pelo momento!
O Cara cumprimenta-a e diz que gosta muito das suas palavras.
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