Encontro
Rodeou-o com passos leves, pedindo licença.
O corpo ali tão perto ...
O coração a saltar do peito ...
Amo-te, sussurou na sua voz mais doce.
Amo-te tanto, soluçou a voz dela num murmúrio.
Os olhos não se buscaram. O medo de não resistir - tão forte.
As mãos não se tocaram. O medo de não conseguirem mais soltar-se.
E a água a correr tão fresca, e eles sem a sentirem ... sentindo-se ...
E o tempo a correr tão rápido ... e eles querendo-o suspenso ...
E a vida a passar ... e o tempo a passar ...
E ele já longe ... e ela tão longe ...
e o amor tão perto ... tão perto ...
(Pintura de R.Magritte, Os Amantes - Imagens, Google)
6 Comments:
e o amor ali tão perto
e eles sem se darem conta
deixaram passar o tempo
o tempo das cerejas.
temm um bom dia
Impossível comentar algo de tão belo e magnífico! Beijos, bom fim de semana.
...e ela (Ophélia) tão longe. E o amor tão presente (mas definitivamente ausente)
A pintura comenta o teu poema. Não preciso de o comentar:)
beijos
A descrição perfeita de um encontro inesquecível.
Beijo.
El amor tan presente y tan ausente, sí.
Esa es la mayor tragedia del amor:
Amar sin poder amar y sentir la boca estrangularse de dolor ante la ausencia de besos.
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