terça-feira, julho 25, 2006

Tempo

Nunca é tarde
uma pessoa que é gente, homem mulher

Amar, sonhar, olhar, zangar
uma outra vez
largar começar

Contar a quem passar que o
ontem não interessa recordar

Estranha fruta encontrada no chão de uma casa onde gente
grande pequena espera, sabe-se lá,
Talvez vida, outro, não se viu falar,
tempo, porquê?
Olhos na televisão pés na mesa,
sombras nas sombras, nada e tudo. Mudar ...
tudo tudo tudo

Esperar o tempo
mostrar
gente
renascer e viver

Amar, sonhar, olhar, zangar
uma, outra vez
largar ... começar

José E. Abreu in "Tantas mãos a mesma Primavera", Oficina do Livro, 2005, p. 6

7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Nunca é tarde para (re)começar. Mas quando ?
Chorar por isso ou por outras coisas?

7:22 da tarde  
Blogger wind said...

Um tempo muito rápido.
Foi a sensação que tive ao ler o poema. Com muito ritmo, rápido demais para mim.
beijos

8:31 da tarde  
Blogger DE-PROPOSITO said...

'Nunca é tarde'. Mas olha que por vezes já é tarde de mais. E tu sabes que é assim.
Fica bem.
Um beijinho para ti.
Manuel

9:23 da tarde  
Blogger luis manuel said...

O tempo... ainda.
O ontem também se recorda, até para começar. Ou recomeçar.
O Tempo vivido, alegre ou com dor.
Afinal, tantas as mãos e a mesma Primavera para a Vida.
Nunca é tarde.
Breve a nossa passagem, olhando ao tempo infinito. No entanto, e no nosso dia a dia, sentimos a possibilidade de lhe dar algum valor.
Há uma ou outra nuvem de fumo, o ruído exterior que desperta. O momento de silêncio, em que o corpo mostra sinais instintivos.
E surge uma reflexão. Olhar para dentro, assumir com coragem a intimidade conflituosa, sabendo que só assim se afirma o carácter, a vontade e o caminho. Por vezes caminhos opostos, por vezes objectivos diferentes. Da mesma forma como, por vezes todos eles convergem, e se unem colorindo o tempo de Viver.
Não querer que as coisas sejam um mar de rosas, apenas para olhar máscaras de riso, escondendo infortúnios e disfarçando a alegria.
Saber onde estamos, como somos e onde os outros nos encontram com o sorriso verdadeiro. E mais felizes.
E para isso, há sempre um Tempo.
Um beijo, amiga

12:51 da manhã  
Blogger Concha Pelayo/ AICA (de la Asociación Internacional de Críticos de Arte) said...

Suscribo el comentario primero, anónimo: nunca es tarde par recomenzar....¿pero cuándo?

Me ha gustado mucho visualizar tu dulce rostro.

Un abrazo amiga.

1:41 da manhã  
Blogger Maria Carvalho said...

Estamos sempre a tempo de recomeçar, refazer, viver...tudo. Sempre a tempo. Muitos beijos, Dulce.

8:52 da manhã  
Blogger Su said...

fez me bem ler.......muito bem...
jocas maradas de vida

3:06 da tarde  

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