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"Agora já não nos abraçamos, já não nos reconhecemos, já nem sabemos quem éramos. Ele já não sabe quem eu sou e eu já não sei quem ele é. Exactamente o mesmo que era antes de nos terem apresentado, há muitos anos. E se o visse na rua lembrar-me-ía de alguém mas não saberia de quem. Com ele passa-se o mesmo. Foi há muito e durou pouco tempo. Não vale de nada falar nisso, no amor que morreu. Não há sopro de vida que possa ressuscitar um amor morto. Como as palavras são parecidas, amor morto, meu amor, estranho acaso."
PAIXÃO, Pedro, "Muito, meu amor", Livros Cotovia, Lisboa, 2003, p.70
PAIXÃO, Pedro, "Muito, meu amor", Livros Cotovia, Lisboa, 2003, p.70
7 Comments:
Lindíssimo! Não há sopro para ressuscitar um amor morto. Pois não. É mesmo verdade. Beijos, bom fim de semana, Dulce.
Não há acasos:)
E é mesmo assim, nada é eterno e quando morre, acaba mesmo.
Grande Pedro Paixão!:)
beijos
Comigo foi há muito tempo, durou muito tempo e ele só me faz lembrar... ninguém!
Bjs.
"But is there someplace far away, someplace where all is clear
Easy to start over with the ones you hold so dear
Or are we left to wonder, all alone, eternally
But is this how it's really meant to be
No is it how it's really meant to be
Well if they say that love is in the air, never is it clear
How to pull it close and make it stay
If butterflies are free to fly, why do they fly away
Leavin' me to carry on and wonder why
Was it you that kept me wondering through this life
When you know that I was always on your side"
Amor morto... ou amor que não passou de ponto morto.
Não arrancou, para estar "always on your side".
É preciso isso, para fazer a diferença nas palavras que se apresentam parecidas mas que estão tão distantes.
Um beijo, amiga
Hola Dulce, me ha gustado mucho ese texto que nos dejas hoy.
Oh...el amor, siempre el amor.
'No amor que morreu'. _Será que ele chegou mesmo a existir?!...
Fica bem.
Um beijinho para ti.
Manuel
Pedro Paixão que adoro ler, mais um dos seus excelentes textos que me deixa presa às suas palavras,
mas já agora eu abraço-te por o trazeres sempre até nós
beijinhos Dulce, doce menina
lena
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