Brincar de roda
Uma a uma dão-se as mãos.
Esta e aquela.
Aquela e a outra.
E outra e outra,
como gotas, afinal!
Uma a uma sorrateiras,
trocam tudo.
Esta e a outra,
a outra e aquela.
Como num jogo, afinal!
Uma a uma dão-se as mãos.
Rodopiam como loucas.
Onde estavas já não estás,
o que querias já não queres,
o que tinhas já não tens.
Como na vida, afinal!
Uma a uma dão-se as mãos,
enrolam-se em tropelias.
Troco esta, cai aquela,
trago outra, e outra ainda
sobe aos ombros da primeira
procurando o equilíbrio.
Uma a uma dão-se as mãos.
Sorrateiras rodopiam,
enredam-se em tropelias,
rodam, fogem,
trocam, saem
procurando a perfeição.
Quem diria que afinal,
é das palavras que falo!
Esta e aquela.
Aquela e a outra.
E outra e outra,
como gotas, afinal!
Uma a uma sorrateiras,
trocam tudo.
Esta e a outra,
a outra e aquela.
Como num jogo, afinal!
Uma a uma dão-se as mãos.
Rodopiam como loucas.
Onde estavas já não estás,
o que querias já não queres,
o que tinhas já não tens.
Como na vida, afinal!
Uma a uma dão-se as mãos,
enrolam-se em tropelias.
Troco esta, cai aquela,
trago outra, e outra ainda
sobe aos ombros da primeira
procurando o equilíbrio.
Uma a uma dão-se as mãos.
Sorrateiras rodopiam,
enredam-se em tropelias,
rodam, fogem,
trocam, saem
procurando a perfeição.
Quem diria que afinal,
é das palavras que falo!
Imagem do Google
21 Comments:
"...Quem diria que afinal,
é das palavras que falo!"
Lindo, lindo! Que mais posso dizer?
Abraço
Jorge
http://vagabundices.wordpress.com/
Gostei imenso, um poema a brincar muito bem construido.
Bom fim-de-semana.
Beijinhos.
Gostei desta roda de palavras! Beijos.
Esplêndido jogo de palavras…
onde se dão as mãos, procurando a perfeição
num jogo de equilíbrio,
nesta roda da vida.
Beijinhos
Dão as mãos para fazer a roda das palavras..
Que lindo, Dulce...
Bom domingo
Beijo
gostei muito...
uma dança de mão em mão, como as palavras dançam de boca em boca.
É tão bom poder brincar com as palavras...
Eu cá por mim... queria saber brincar mais e melhor!
Tu... sabes!
Bonito poema com sabor a adevinha.
A surpresa vem sempre no fim.
Continua.
Fica bem.
Maravilhoso!
Brincaste com as palavras, excelente!
Olha, não tenho palavras:)
Beijos
Brincar com as palavras pode ser um dia de grande alegria silenciosa... é como cantar para o coração por dentro da cabeça!
Beijinhos de até sempre!
Quem diria, quem diria...
Sempre brilhante a escrever.
Muito interessante a maneira como brincas com as palavras.
Beijinho e boa semana
OLÁ DULCE
PARABÉNS - adoro ler-te, sempre!
A nova aldeia da Luz,
tem casas modernas
que imitam a tradicional
linha arquitectónica alentejana.
A planta da vila
é muito ordenada,
estilo ortogonal (com ruas e avenidas perpendiculares)
e é fácil perceber que foram feitas de encomenda.
Assim nasceu uma nova aldeia, neste belo País à beira-mar plantado.
AMIGA:
Uma dúvida me atormenta: será que os habitantes desta nova aldeia são felizes, na sua vida diária, com uma mudança tão radical nas suas vidas próprias?
Que achas? dá o teu parecer.
Boa semana.
Beijitos.
Tudo é uma dança, a vida, as palavras e as letras,tudo é uma questão de saber-se dançar.
Um beijo. Augusto
Gosto de ser surpreendida como aconteceu com este teu final tão bonito. Quando estou a ver a caligrafia do meu neto mais novo, também ensino assim:
"-Falta a mãozinha na letra "a". Tens que a fazer para poder agarrar na mãozinha da letra "m" ". E nessa brincadeira de ligar as letras como se fossem meninos, nasce o encanto da escrita manuscrita, das palavras inventadas, das histórias magnificas que finalmente vão começando a surgir no papel.
Um beijinho grande
Olá Dulce,
Assim, brincando com as palavras, ofereces-nos uma bela metáfora feita poema... sobre as palavras.
Genial.
Beijinho.
Enternecedor e encantador poema em que o corrupio de palavras possuem um andamento que nos enleva e faz recriar o nosso imaginário.
Um beijinho
do Pepe.
Mãos, gotas, palavras, .....
Muito lindo Dulce!
Já tenho lido textos teus, mas normalmente não comento. As correrias é o que dá!
Adorei a do chocolate e, esta sobre o silêncio é simplesmente espectacular. Embora pareça comum a tanta gente, é conhecida por um pequeno universo de sensíveis! É duro, mas esse silêncio é assim!
Beijinhos,
MJoão
Para comentar este belo poema, só, e perdoa a falta de imaginação, me lembro de outro belo poema:
"Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
(Manuel Alegre)
E com as mãos se faz o poema, quase sem serem precisas palavras!
Um beijo
As palavras, essas, governam o mundo e os homens!...
Gostei desta rodinha.
Abraços!
Un texto conmovedor.
Un fuerte beso amiga Dulce.
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