Náufrago
Agora morto oscilas
Ao sabor das correntes
Com medusas em vez de pupilas.
Agora reinas entre imagens puras
Em países transparentes e de vidro,
Sem coração e sem memória
Em todas as presenças diluído.
Agora liberto moras
Na pausa branca dos poemas.
Teu corpo sobe e cai em cada vaga,
Sem nome e sem destino
Na limpidez da água
Sophia de Mello Breyner Andresen
Hoje morreu o nosso amigo Fernando Bizarro do Fraternidade.
São em sua homenagem as palavras de Sophia.
No meu coração permanecerá a sua presença sempre amiga.
Ao sabor das correntes
Com medusas em vez de pupilas.
Agora reinas entre imagens puras
Em países transparentes e de vidro,
Sem coração e sem memória
Em todas as presenças diluído.
Agora liberto moras
Na pausa branca dos poemas.
Teu corpo sobe e cai em cada vaga,
Sem nome e sem destino
Na limpidez da água
Sophia de Mello Breyner Andresen
Hoje morreu o nosso amigo Fernando Bizarro do Fraternidade.
São em sua homenagem as palavras de Sophia.
No meu coração permanecerá a sua presença sempre amiga.
9 Comments:
Dulce
Deixei algumas palavras na página da Paula, onde me habituei a encontrar o vosso amigo Fernando, como pessoa particularmente especial que mostrava ser.
Pelos seus familiares e amigos.
Por ti, que partilhavas a sua amizade.
Um abraço.
De certeza que ele gostaria de ler esse poema. Não posso dizer que era sua amiga, porque não o conheci o suficiente para isso, mas gostava da pessoa dele.
Que R.I.P.
Beijos
Olá Dulce
Tanto o poema da Sophia como o do F.Pessoa, são eloquentes.
Bjs
Amiga Dulce
Um dia triste para todos os que o conheciam e aprenderam a gostar dele como ser humano e amigo que era.
Deixo aqui um beijinho e um @~>- com o desejo de que esteja algures em descanso
O poema mais belo que escolheste para o Fernando! Obrigada pelas tuas palavras amigas, no meu blog e ao telefone. Beijos.
Vim deixar-te um beijo grande e partilhar contigo esta dor da partida do nosso amigo Fernando..., afinal foi ele que um dia nos colocou frente a frente.
Beijo da Lina/MAr Revolto
O vazio e a saudade serao agora nossos eternos companheiros!!!
Fara falta, muita falta!
Um beijo silencioso, em respeito e admiracao ao nosso amigo Fernando!
no teu, nos nossos e até no coração da blogosfera! ;-)
Um ano antes, em 2005, morria a Marlene. Dois dias depois deste post o Tó...
Não conheci a Marlene, nem o Fernando.
Conheci, amava (e amo) o Tó. De tal forma que sei que ele continua a viver em mim.
Mais uma vez invadi o teu espaço. Não sei porque vim espreitar o mês de Maio do ano passado... Talvez porque o faça muitas vezes noutros blogues, talvez porque às vezes parece que as pessoas se esquecem de quem partiu...
Será assim?
Esquecemo-nos deles?
Ainda não acredito.
Beijinho e mais uma vez desculpa a invasão.
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