Ontem ...
O sol teima ainda em romper a espessa camada de nuvens que hoje cobre o céu. Tenta, mas não consegue. Apenas a luminosidade se altera um pouco fazendo-me semicerrar os olhos um pouco mais.
Aquele magnífico pôr-do-sol de ontem não prenunciava este dia cinzento de hoje.
Aqui, junto a esta formosa ria, a água apenas se agita muito à superfície, acariciada pela mão nervosa desta aragem fresca. As palmeiras que a espaço a delimitam, executam um permanente vai-vem com as suas enormes folhas. Dezenas de pequenos barcos alinham-se na minha frente, reflectindo a sua sombra escura sobre as águas. Os pombos fazem deste passeio o seu passeio, entrando até dentro do café em que me acolho.
Aqui a Sul, as cegonhas fazem os ninhos em qualquer sítio alto. Vejo-as esvoaçar sobre a minha cabeça com as suas longas asas abertas ao vento, as patas bem esticadas para trás, voando de volta aos ninhos. O seu vôo intercala com o dos aviões - esses mais alto - que, de cabeça erguida para o céu, atravessam o meu espaço em direcção ao mundo inteiro.
Fala-se espanhol na mesa de trás e alemão na minha frente. Há pouca gente por aqui. Ainda corre o mês de Junho e o calor mal chegou. É a melhor altura para rumar ao Sul. Ainda se consegue ganhar algum silêncio.
Subo pela primeira vez à torre da Sé e maravilho-me com o que vejo. A cidade aos meus pés desagua na ria, que vista daqui é ainda mais bela. Com tempo limpo teria visto até ao mar. Assim, alcanço as pequenas ilhas que se formam no meio da ria e os pequenos barcos que dormem nas suas enseadas. Os telhados das casas parecem um puzzle ainda por montar. As laranjeiras tombam, pesadas de seus frutos. Apetece ficar por aqui sentada no muro da torre a sonhar - a olhar e a sorrir perante tanta beleza.
À noite, já deitada, pude maravilhar-me com um dos espectáculos mais belos da natureza. O céu explodia de luz de segundo a segundo e o ribombar dos trovões ao longe foi uma constante durante largo tempo. Virada para a janela de persianas abertas, deixei-me adormecer embalada por aquele som longínquo, um sorriso no rosto, sonhando ....
Aquele magnífico pôr-do-sol de ontem não prenunciava este dia cinzento de hoje.
Aqui, junto a esta formosa ria, a água apenas se agita muito à superfície, acariciada pela mão nervosa desta aragem fresca. As palmeiras que a espaço a delimitam, executam um permanente vai-vem com as suas enormes folhas. Dezenas de pequenos barcos alinham-se na minha frente, reflectindo a sua sombra escura sobre as águas. Os pombos fazem deste passeio o seu passeio, entrando até dentro do café em que me acolho.
Aqui a Sul, as cegonhas fazem os ninhos em qualquer sítio alto. Vejo-as esvoaçar sobre a minha cabeça com as suas longas asas abertas ao vento, as patas bem esticadas para trás, voando de volta aos ninhos. O seu vôo intercala com o dos aviões - esses mais alto - que, de cabeça erguida para o céu, atravessam o meu espaço em direcção ao mundo inteiro.
Fala-se espanhol na mesa de trás e alemão na minha frente. Há pouca gente por aqui. Ainda corre o mês de Junho e o calor mal chegou. É a melhor altura para rumar ao Sul. Ainda se consegue ganhar algum silêncio.
Subo pela primeira vez à torre da Sé e maravilho-me com o que vejo. A cidade aos meus pés desagua na ria, que vista daqui é ainda mais bela. Com tempo limpo teria visto até ao mar. Assim, alcanço as pequenas ilhas que se formam no meio da ria e os pequenos barcos que dormem nas suas enseadas. Os telhados das casas parecem um puzzle ainda por montar. As laranjeiras tombam, pesadas de seus frutos. Apetece ficar por aqui sentada no muro da torre a sonhar - a olhar e a sorrir perante tanta beleza.
À noite, já deitada, pude maravilhar-me com um dos espectáculos mais belos da natureza. O céu explodia de luz de segundo a segundo e o ribombar dos trovões ao longe foi uma constante durante largo tempo. Virada para a janela de persianas abertas, deixei-me adormecer embalada por aquele som longínquo, um sorriso no rosto, sonhando ....
4 Comments:
Dulce
Ainda voltei (a página era a inicial, e retrocedi de uma viagem a bordo da Nau).
Belos momentos continuas a descrever.
Mesmo cinzento, e de sons ribombantes, o céu ofereceu-te mais um sonho.
E um sorriso no rosto.
Um beijo, amiga.
...comandando a vida!
Beijos
Aforei ler-te (ver tudo) fiz o mesmo que tu ontem.
Coloquei-me à janela maravilhada a ver os raios:)
Beijos
um sonho teu que céu te ofereceu,
eu dormia, sentia e sonhava...
gostei de te sentir sorrir minha amiga, nesta beleza que a natureza nos oferece
beijinhos menina doce e linda
lena
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