Nunca me tinhas falado dessas recordações. Enquanto lia também eu me lembrei da charrete, que era puchada por uma mula e um macho, em que me deslocava tantas vezes quando visitava os meus avós. Muito bonito. Foi pena o calor, porque a viagem em si é tranquilizante.
Depois de ler o teu texto também eu fiquei a lembrar os meus tempos de rumo ao norte.
Era também petiz e recordo bem os fins de tarde, verão quente, em que naquela estrada os homens apressadamente faziam a volta para casa depois de um dia árduo de trabalho nas terras. Saudavam-me e de bicicleta com a enxada presa no suporte e o pipo do vinho agora vazio, pés descalços, calças sujas e esburacadas, lá desapareciam estrada abaixo, uma estrada que parecia enorme, nos nossos tempos de meninice. O sol ia desaparecendo e a noite lentamente surgia, o calor era gostoso e o firmamento tornava-se deslumbrante, ao longe onde acabavam as poucas luzes daquela rua, ouvia-se um cão sempre a ladrar bem distante o que fazia parecer que a estrada não tinha fim. Tempos de pobreza, mas ricos de valores humanos.
Olá querida amiga, era capaz de passar horas e horas a ler-te... Beijinhos*** Quanto ao convite, mto obrigada, mas infelizmente nao vou poder ir... tenho mta pena... mas não posso! Obrigada!!! ***
escreves tão bem que vusializo tudo ao mais pequeno pormenor. E tens vindo a melhorar de dia para dia, se é que me é permitido dizer isto:) Sinto que te estás a soltar e estou a gostar;) beijos
À medida que ia lendo o post ia-me sentindo também passageiro desse comboio. Sem dúvida que recordar é viver e quanto mais nos recordamos das coisas boas da nossa infância mais agradável se torna a nossa vida.
Entusiasmante, a página 44. Algumas palavras que podem ser uma descoberta para alguns, uma certeza para outros, todas sensíveis a um encantamento descrito com perfumes e aromas do quanto se ama enquanto se lê. São lufadas assim que, espero, me ajudem a recuperar algum tempo para a leitura. E como vem sendo um dom, descritas pelas tuas mãos. E pela mesma Primavera de letras, somos lembrados, como se fosse preciso... das coisas que guardamos dos outros. Na distância estar com eles. A viagem de comboio com destino ao Sul, num fim de tarde solarengo. A fotografia que recolhe as diferenças das imagens de outrora. Locais de paragem obrigatória até cerrar os olhos e deixando a noite entrar, num suspiro de ar puro, libertar o pensamento ao sonho, ao encanto das estrelas. Um beijo, amiga. Aproveita bem.
8 Comments:
Nunca me tinhas falado dessas recordações.
Enquanto lia também eu me lembrei da charrete, que era puchada por uma mula e um macho, em que me deslocava tantas vezes quando visitava os meus avós.
Muito bonito. Foi pena o calor, porque a viagem em si é tranquilizante.
Um beijo.
Depois de ler o teu texto também eu fiquei a lembrar os meus tempos de rumo ao norte.
Era também petiz e recordo bem os fins de tarde, verão quente, em que naquela estrada os homens apressadamente faziam a volta para casa depois de um dia árduo de trabalho nas terras. Saudavam-me e de bicicleta com a enxada presa no suporte e o pipo do vinho agora vazio, pés descalços, calças sujas e esburacadas, lá desapareciam estrada abaixo, uma estrada que parecia enorme, nos nossos tempos de meninice. O sol ia desaparecendo e a noite lentamente surgia, o calor era gostoso e o firmamento tornava-se deslumbrante, ao longe onde acabavam as poucas luzes daquela rua, ouvia-se um cão sempre a ladrar bem distante o que fazia parecer que a estrada não tinha fim. Tempos de pobreza, mas ricos de valores humanos.
Um beijo para ti, Amiga e boa estadia no Sul.
Olá querida amiga, era capaz de passar horas e horas a ler-te...
Beijinhos***
Quanto ao convite, mto obrigada, mas infelizmente nao vou poder ir... tenho mta pena... mas não posso! Obrigada!!! ***
Preciso tanto de um abraço....ou dum mimo...ou do caraças que me faça sentir que vale a pena estar viva!!! Porra!
BShell
escreves tão bem que vusializo tudo ao mais pequeno pormenor.
E tens vindo a melhorar de dia para dia, se é que me é permitido dizer isto:) Sinto que te estás a soltar e estou a gostar;)
beijos
À medida que ia lendo o post ia-me sentindo também passageiro desse comboio. Sem dúvida que recordar é viver
e quanto mais nos recordamos das coisas boas da nossa infância mais agradável se torna a nossa vida.
Entusiasmante, a página 44.
Algumas palavras que podem ser uma descoberta para alguns, uma certeza para outros, todas sensíveis a um encantamento descrito com perfumes e aromas do quanto se ama enquanto se lê.
São lufadas assim que, espero, me ajudem a recuperar algum tempo para a leitura. E como vem sendo um dom, descritas pelas tuas mãos.
E pela mesma Primavera de letras, somos lembrados, como se fosse preciso... das coisas que guardamos dos outros. Na distância estar com eles.
A viagem de comboio com destino ao Sul, num fim de tarde solarengo. A fotografia que recolhe as diferenças das imagens de outrora. Locais de paragem obrigatória até cerrar os olhos e deixando a noite entrar, num suspiro de ar puro, libertar o pensamento ao sonho, ao encanto das estrelas.
Um beijo, amiga.
Aproveita bem.
também te senti rainha aqui Dulce
descreves tão bem este rumo ao sul que fiz a viagem ao teu lado e senti-te nas tuas tão belas emoçoes
beijinhos meus e aproveita bem
lena
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