Cartas ... que duram
Cartas. Sempre um retrato de algo. De alguém. Algo de nós viaja com elas. Leva-nos também até ao destino final.
Nelas se entrevêem as nossas esperanças. Nelas se escondem os nossos medos. Nelas espreitam as nossas ilusões e se espelham os nossos sonhos. Através delas nos revelamos.
E têm também essa característica extraordinária de permanecerem. Amarelecidas, com os cantos gastos de tantas leituras, a tinta desbotada, mas nunca perdidas - sempre revisitadas. Do fundo de uma gaveta recuperadas para a nossa memória futura.
Por vezes a única coisa que nos lembra o passado efectivamente vivido. Sempre um testemunho de vida.
Deixam-os um sorriso. Deixam-nos uma lágrima. Deixam-nos a saudade. Sempre nos deixam qualquer coisa. Nunca a indiferença. Nunca a apatia.
Numa vida que quase sempre termina envolta em silêncio e mágoa, são estas cartas também, a presença que às vezes nos falta, os fantasmas com quem conversamos nos dias vazios, os personagens que nos iluminam os sonhos.
Numa vida que quase sempre termina envolta em silêncios e mágoas, as cartas são Vida.
(Texto que partiu da leitura das cartas publicadas em http://unchainedmelody.blogs.sapo.pt
Espreitem lá também e sintam a nostalgia de um passado que nos visita)
Nelas se entrevêem as nossas esperanças. Nelas se escondem os nossos medos. Nelas espreitam as nossas ilusões e se espelham os nossos sonhos. Através delas nos revelamos.
E têm também essa característica extraordinária de permanecerem. Amarelecidas, com os cantos gastos de tantas leituras, a tinta desbotada, mas nunca perdidas - sempre revisitadas. Do fundo de uma gaveta recuperadas para a nossa memória futura.
Por vezes a única coisa que nos lembra o passado efectivamente vivido. Sempre um testemunho de vida.
Deixam-os um sorriso. Deixam-nos uma lágrima. Deixam-nos a saudade. Sempre nos deixam qualquer coisa. Nunca a indiferença. Nunca a apatia.
Numa vida que quase sempre termina envolta em silêncio e mágoa, são estas cartas também, a presença que às vezes nos falta, os fantasmas com quem conversamos nos dias vazios, os personagens que nos iluminam os sonhos.
Numa vida que quase sempre termina envolta em silêncios e mágoas, as cartas são Vida.
(Texto que partiu da leitura das cartas publicadas em http://unchainedmelody.blogs.sapo.pt
Espreitem lá também e sintam a nostalgia de um passado que nos visita)
10 Comments:
É bonito mas continuo a não gostar de as escrever...
Bjs.
Não gosto de escrever cartas, nunca gostei, talvez por isso mesmo, por serem saudosistas. beijos
Cartas?? Perguntarão as gerações do futuro... Hoje as cartas estão em vias de extinção...hoje escrevem-se emails, mais rápidos, eficazes. No entanto, faltam-lhes a caligrafia de quem os escreve, o perfume de quem o escreveu...esse toque no papel que já foi tocado pelo outro. Cartas, escrevi muitas, ainda hoje guardo algumas que me escreveram e ainda dá para sentir a fragrãncia do momento, as lembranças que ainda falam saudades...
Um beijinho*
Fanny
Para que elas não amareleçam e não percam o sentido, queimei tudo numa lareira há muitos, muitos anos! Beijos, Dulce.
Amiga Dulce. Por desgracia, se ha perdido el género epistolar, cartas fabulosas que nos mantenían prendidos al cartero. Hoy, las comunicaciones las han hecho desaparecer. Te comprendo muy bien. Por eso escribo de vez en cuando una carta a alguna amiga. Es como recobrar el pasado y la costumbre. Tan bella. Un beso.
óptimo Ano Novo, "por essa estrada" amiga...
Bjs
Apiur
As cartas, ou melhor, o seu conteúdo espelham o nivel de relacionamento entre o remetente e o destinatário. A carga emocional e a cumplicidade que poderão existir entre eles. O problema que realças é o do suporte e do tratamento que delas -- as tradicionalmente enviadas: papel, texto, envelope e uns diazitos de espera -- agora, com os novos gadgets e novos formatos de comunicação, os suportes dificultam o trabalho de memorização e de preservação, embora mais potente, a dos cd, pex.
Mas é agradável receber cartas e sms, tanta, tanta coisa mais...Facturas para pagar, não!
bjs
Por muito que os meios de comunicação mudem,
Sentimentos, quem os não tem?
Palavras para dar e receber.
Noticias, risos ou choros, segredos ou medos, estampados em palavras trocadas, esperadas, por vezes, simplesmente distantes.
Que ficam impressas no coração, guardadas numa gaveta, ou digitalmente esquecidas num computador.
Cartas, quem as não tem?
Um beijo, Dulce
Quem me conhece sabe que eu amo palavras! Quem me lê também o sente... Adoro palavras emaranhadas. Adoro palavras construídas num sentido. Adoro frases. Adoro ler as frases que escrevem para mim... Por isso amo cartaz! Tenho um baú cheio delas. De amores adolescentes, de amigos, familiares, e até de mim... para mim! Hoje há os e-mails, mas perde-se a personalização. Cada vez mais!
Senti nostalgia, sim... =)
As cartas são de tempos em que (também) se conversava. Sem saudosismos piegas, eram tempos em que o tempo chegava para tudo. Em que, como as cartas, os dias eram Vida. Agora são minutos contados, bits e bytes, numa correria que nem assim nos faz ganhar tempo.
Gostei muito desta tua homenagem às cartas. Por elas serem pedacinhos do nosso viver...
Um beijo carinhoso e votos de óptima semana, amiga.
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