domingo, janeiro 01, 2006

IX


Como é estranha a minha liberdade
As coisas deixam-me passar
Abrem alas de vazio pra que eu passe
Como é estranho viver sem alimento
Sem que nada em nós precise ou gaste
Como é estranho não saber

Sophia de Mello Breyner Andresen, "No tempo dividido", Caminho, Lisboa, 2005, p.17

(Foto de César Luís em www.olhares.com)

8 Comments:

Blogger lena said...

a poeta que sinto saudade, a poeta que mais li, a poeta que sabe [a-mar],

não consigo ficar indiferente a cada poema dela, porque me toca muito

como gostei de ler neste 1º dia de ano de 2006 Sophia, estava a presisar de a sentir,
obrigada por a partilhares aqui

já hoje vi o mar e lembrei-me de um dos poemas dela:

A minha esperança mora
No vento e nas sereias -
É o azul fantástico da aurora
E o lírio das areias.

Sophia de Mello Breyner Andresen

deixo-o para ti, Dulce

beijinhos meus e um abraço

lena

4:12 da tarde  
Blogger escrevi said...

bjs.

4:47 da tarde  
Blogger Poesia Portuguesa said...

A Poesia de D. Sophia... uma óptima escolha para este primeiro dia de Ano Novo...

"Um dia"

"Um dia, gastos, voltaremos
A viver livres como os animais
E mesmo tão cansados floriremos
Irmãos vivos do mar e dos pinhais.

O vento levará os mil cansaços
Dos gestos agitados irreais
E há-de voltar aos nosso membros lassos
A leve rapidez dos animais.

Só então poderemos caminhar
Através do mistério que se embala
No verde dos pinhais na voz do mar
E em nós germinará a sua fala."

...Poema de Sophia de Mello Breyner, que aqui te deixo com uma abraço carinhoso e o desejo que tenhas um 2006 MUITO FELIZ ;)

6:43 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

De repente deu vontade de um abraço...
Uma vontade de entrelaço, de proximidade..
de amizade..sei lá..
Talvez um aconchego que enfatize a vida e
amenize as dores...
Que fale sobre os amores,
que seja teimoso e ao mesmo tempo forte.
Deu vontade de poder rever saudade de um abraço.
Um abraço que eternize o tempo
e preencha todo espaço
mas que faça lembrar do carinho,
que surge devagarzinho
da magia da união dos corpos, das auras..sei lá..
Lembrar do calor das mãos
acariciando as costas a dizer.. "estou aqui."
Lembrar do trançar dos braços envolventes
e seguros afirmando "estou com você"..
Lembrar da transfusão de forças
com a suavidade do momento ..sei lá..

abraço...abraço...abraço...
abraço...abraço..abraço...
abraço...abraço...abraço...
O que importa é a magia deste abraço!
A fusão de energia que harmoniza,
integra tudo, e que se traduz
no cosmo, no tempo e no espaço.
Só sei que agora deu vontade desse abraço!!
Que afaste toda e qualquer angústia.
Que desperte a lágrima da alegria,
e acalme o coração..
Que traduza a amizade,o amor e a emoção.
E para um abraço assim só pude pensar em você....
nessa sua energia,
nessa sua sensibilidade
que sabe entender o por quê...
dessa vontade desse abraço.
(Vinicius de Moraes)

Com carinho ...um longo abraço...
Carlos

8:40 da tarde  
Blogger Concha Pelayo/ AICA (de la Asociación Internacional de Críticos de Arte) said...

Un beso en este primer día del año.

9:05 da tarde  
Blogger Maria Carvalho said...

Um poema belíssimo! Beijos, Dulce.

10:00 da manhã  
Blogger wind said...

Seja que poema for de Sophia de Mello Breyner, eu gosto:) Beijos e bom ano*

11:34 da manhã  
Blogger AQUENATÓN said...

Como é estranho existir !

Bji

12:01 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home