O mar
Hoje quando penso no mar, invade-me aquele aroma intenso a maresia.
Hoje quando penso no mar recordo, tão longe, aquela praia deserta da minha adolescência. A areia grossa que feria os pés à beira mar. As grandes conchas. As vieiras, de belos veios desenhadas. Como a natureza é pródiga de milagres!
Hoje quando penso no mar relembro as manhãs frescas que me recebiam brincando no olhar. Outra praia. Ainda vazia. Aquela neblina que encobria o horizonte, mas tão real, o morno e tímido calor do sol. Com a maré baixa o areal pisava-se docemente até à beira-mar. Os pés nus agradecendo a frescura da areia molhada. A suave brisa - uma dádiva de vida.
Hoje quando penso no mar, sinto-o na pele. Morno em terras do sul e tão frio, tão mais real, nestas águas mais próximas. A sensação de secura na pele depois de exposta ao sol. O sempre saboreado sabor a sal. A doce aroma que o corpo exala.
Hoje quando penso no mar ... vejo-o. Sinto-o. Desejo-o. Mas estou aqui, sentada à minha secretária. É noite lá fora. O silêncio é total. Encosto o rosto ao braço procurando uma réstea deste sonho. Aspiro profundamente em busca da fragrância marinha.
Fecho os olhos e sei que não sou capaz. Sei que se estivesse frente ao mar, não seria feliz como sempre fui. Há uma profunda tristeza que o envolve e que me afasta.
Não encontro explicação. Apenas sei o que sinto.
Hoje quando penso no mar recordo, tão longe, aquela praia deserta da minha adolescência. A areia grossa que feria os pés à beira mar. As grandes conchas. As vieiras, de belos veios desenhadas. Como a natureza é pródiga de milagres!
Hoje quando penso no mar relembro as manhãs frescas que me recebiam brincando no olhar. Outra praia. Ainda vazia. Aquela neblina que encobria o horizonte, mas tão real, o morno e tímido calor do sol. Com a maré baixa o areal pisava-se docemente até à beira-mar. Os pés nus agradecendo a frescura da areia molhada. A suave brisa - uma dádiva de vida.
Hoje quando penso no mar, sinto-o na pele. Morno em terras do sul e tão frio, tão mais real, nestas águas mais próximas. A sensação de secura na pele depois de exposta ao sol. O sempre saboreado sabor a sal. A doce aroma que o corpo exala.
Hoje quando penso no mar ... vejo-o. Sinto-o. Desejo-o. Mas estou aqui, sentada à minha secretária. É noite lá fora. O silêncio é total. Encosto o rosto ao braço procurando uma réstea deste sonho. Aspiro profundamente em busca da fragrância marinha.
Fecho os olhos e sei que não sou capaz. Sei que se estivesse frente ao mar, não seria feliz como sempre fui. Há uma profunda tristeza que o envolve e que me afasta.
Não encontro explicação. Apenas sei o que sinto.
16 Comments:
Vai ver o mar amanhã, Dulce.
Mais logo, daqui a bocadinhos.
Enche o teu peito de maresia.
Talvez consigas guardar, dentro de ti, o que tu sabes existir, quando se cheira o mar, quando se mergulha nele...
Um beijo
O mar está conforme estamos.
Ele também sente.
Deixa-o sonhar para ele voltar a ser feliz.
beijos
"Amor" é como o dizes, tão belo o sofrido, abaixo. Todos os que ficaram no "havemos de ir..." e nunca se foi. E o mar é o transporte de todos esses aconteceres, o mar não é, agora, alegre como o foi, brincando na vida. O mar é como o espelho da nossa alma e nem sempre gostamos de ver "o espelho da nossa alma". Acontece-me amá-lo imenso e passar meses sem o ver. Porque o quero meu e solitário, imaginado brincando, saltando branco, lambendo a alga em vaivem. Essencialmente que falemos, eu e ele. Só assim o quero. Será o mesmo contigo? Beijinhos
Querida Amiga.
Se pudesse levava-te hoje a ver o Mar.
Aquele Mar que ambos conhecemos em momentos diferentes. Ias gostar.
Mas não deixes de ir, na mesma. O Mar é igual. Aqui ou aí.
Um beijo muito terno, Amiga.
Vim deixar-te beijinhos e dizer que estou contigo.
Um abra�o, amiga.
Bom domingo! Vai ver o mar!
O mar é tão grande que... lá diz o povo com a sua sabedoria:
Há mais marés que marinheiros!
De regresso à terra também me sinto mais perto do mar que habita o meu coração.
Até sempre
Compreendo bem o que sentes. Beijos.
ola dulce
desde que vi a tua foto no blog pela primeira vez algo me disse ja ter-te visto.
quantas vezes nao nos teremos cruzado realmente? ate no cinema por exemplo.
beijinhos
*
mar amargo
*
xi
*
Talvez o receio da desilusão...
Que mirando não o vejas, não o sintas,
Bonito texto, duma grande delicadeza de emoções.
Vale a pena ir ao encontro dele.
depois...logo se vê.
Beijinho
Há-de voltar, o mar volta sempre.
Hoje quando penso no mar, vejo ondas alterosas que se espraiam na maresia da maré baixa.
As férias acabaram, já não penso no mar.
Um beijo. Augusto
Olá amiga, segue o concelho que alguém já te deu, vai até ao mar, de manhã, de tarde, com chuva ou sol.. A magia do mar entranha-se em nós. Um beijinho, ell
Olá!
Voltei! E ainda bem pois já tinha uma certa saudade da qualidade e do bom gosto dos blogs que visito e em particular o teu que já me habituei a visitar com assiduidade.
Por coincidência, ou não, dou de caras com um maravilhoso post que fala do mar que me é particularmente querido e sem o qual sentir-me-ia incompleto.
Pois... vamos lá então começar mais um ano de "luta"... :)
Um beijo
Jorge
enigma
o mar
o mergulho
o salto
numa certa manhã de Março
o mar entrou nos meus sonhos
e era um lugar onde a
inquietude se esconde
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