Para além do gesto ...
Na minha casa, são imprescindíveis nesta época. O Natal não o seria, sem elas.
Todos os anos no dia 24, trazia-as a minha mãe, muito embrulhadinhas e acondicionadas numa grande taça. Vinham ainda quentes e logo que se destapavam, o seu aroma despertava o nosso apetite. As minhas filhas adoram-nas e esperam gulosamente por esta data para as comerem com prazer.
Há uns anos atrás, comecei eu a fazê-las em casa. Da primeira vez, supervisionada pelo olhar atento da minha mãe que me dava oportunos conselhos. Depois, ano após ano, fui ganhando o jeito, conhecendo os tempos certos, apurando o ponto. Este ano, pela primeira vez, foi a minha filha mais nova que as confeccionou, cabendo-me o papel de ajudar e aconselhar. Dizia-me ela no final: "como é que consegues fazer isto tudo sozinha? eu nunca vou conseguir!" Mas vai sim, tal como eu consegui e outras depois dela o farão também.
Oferecer aos amigos algo feito pelas nossas mãos é também um acto de amor. De há uns anos para cá tenho por hábito levar uma travessa de arroz doce e alguns destes doces a uma amiga que os aprecia. Aqui na blogosfera onde considero ter alguns amigos não o posso fazer, mas posso partilhar com vocês a confecção deste doce que para mim sempre simbolizou o Natal.
Na maior parte das casas fazem-se Rabanadas. Na minha fazem-se Fatias do Bispo. É a minha oferta para vocês este Natal.
Ingredientes:
1 cacete rijo
1 Kg de açucar
18 ovos inteiros (pelo menos)
1 colher de margarina ou manteiga
Canela
Numa panela leva-se ao lume o açucar, coberto de água. Deixa-se levantar fervura, mexendo sempre até atingir o ponto de espadana (se não souberem o que é ou como se atinge, não se preocupem muito, porque eu ainda hoje não sei e elas saem sempre bem).
Adiciona-se uma colher de sopa de margarina ou manteiga.
O cacete é previamente cortado em fatias não muito grossas que se mergulham até embeberem nos ovos bem batidos, indo depois a cozer na calda do açucar. Viram-se duas ou três vezes com cuidado, retiram-se com uma escumadeira e colocam-se numa taça onde se polvilham com canela.
Depois de todas as fatias cozidas no açucar e devidamente polvilhadas, regam-se com a calda que sobrou.
Espero que aproveitem a ideia e gostem delas tanto quanto eu.
Para além do gesto ... a palavra.
Todos os anos no dia 24, trazia-as a minha mãe, muito embrulhadinhas e acondicionadas numa grande taça. Vinham ainda quentes e logo que se destapavam, o seu aroma despertava o nosso apetite. As minhas filhas adoram-nas e esperam gulosamente por esta data para as comerem com prazer.
Há uns anos atrás, comecei eu a fazê-las em casa. Da primeira vez, supervisionada pelo olhar atento da minha mãe que me dava oportunos conselhos. Depois, ano após ano, fui ganhando o jeito, conhecendo os tempos certos, apurando o ponto. Este ano, pela primeira vez, foi a minha filha mais nova que as confeccionou, cabendo-me o papel de ajudar e aconselhar. Dizia-me ela no final: "como é que consegues fazer isto tudo sozinha? eu nunca vou conseguir!" Mas vai sim, tal como eu consegui e outras depois dela o farão também.
Oferecer aos amigos algo feito pelas nossas mãos é também um acto de amor. De há uns anos para cá tenho por hábito levar uma travessa de arroz doce e alguns destes doces a uma amiga que os aprecia. Aqui na blogosfera onde considero ter alguns amigos não o posso fazer, mas posso partilhar com vocês a confecção deste doce que para mim sempre simbolizou o Natal.
Na maior parte das casas fazem-se Rabanadas. Na minha fazem-se Fatias do Bispo. É a minha oferta para vocês este Natal.
Ingredientes:
1 cacete rijo
1 Kg de açucar
18 ovos inteiros (pelo menos)
1 colher de margarina ou manteiga
Canela
Numa panela leva-se ao lume o açucar, coberto de água. Deixa-se levantar fervura, mexendo sempre até atingir o ponto de espadana (se não souberem o que é ou como se atinge, não se preocupem muito, porque eu ainda hoje não sei e elas saem sempre bem).
Adiciona-se uma colher de sopa de margarina ou manteiga.
O cacete é previamente cortado em fatias não muito grossas que se mergulham até embeberem nos ovos bem batidos, indo depois a cozer na calda do açucar. Viram-se duas ou três vezes com cuidado, retiram-se com uma escumadeira e colocam-se numa taça onde se polvilham com canela.
Depois de todas as fatias cozidas no açucar e devidamente polvilhadas, regam-se com a calda que sobrou.
Espero que aproveitem a ideia e gostem delas tanto quanto eu.
Para além do gesto ... a palavra.
12 Comments:
Acabei de ler esta receita, que não conhecia (também não quero saber tudo, caramba!), e lembrei-me das fatias da china. Devem ser parecidas.
Dulce, vou fazê-las este Natal, porque não podendo /devendo eu comer fritos, esta é uma solução alternativa...
Digo-te que comecei a salivar enquanto lia a receita...
Fica comigo o gesto... e a palavra...
Hummm...nham nham nhammmmm
Adorei :-)))
Beijos
Obrigada, Dulce!! Um doce gesto, o teu! Beijos.
Da passagem ficou a hesitação de deixar palavras aqui ou no Testemunho abaixo; fiquei-me a saborear a Coragem...
Vou gostar de voltar.
Dulce.
Com leite, Dulce.
Ou Metade leite/Agua.
Receita da Minha Avó.
O Natal e Ano Novo.
Fica-me económico.
Um "Alguidar de Fatias Paridas"
Tragadas na Noite de Consoada.
A Digestão dura até 02/01/2007 ihihihihihihihihIHIHIHIH ......
E com Milhões de Luzinhas, de
Canela, Muita, Muita, Muita !!!
Já tenho o Pão de Forma a Torrar.
È Natal, è Natal.
E eles em Gaza aos Tiros...
poetaeusou(assim)
Dulce conheces algum amigo com duas mãos canhotas no que diz respeito a bolos? Pois sim, não vou sujar a cozinha para de seguida deitar fora por ter feito mal...
por isso se sobrar algo este natal, eu volto dia seis e posso fazer recolha dos restos...
beijinhos no teu coração e FELIZZZZZZZZZZ NATALLLLLLLLL
Beijinhos muito do teu sempre amigo
O que eu gosto mesmo é de comer doce...
Boas festas para ti e para a tua família.
Beijos.
Aiiiiiiiiiiiiiii quero uma já:))))
beijos
Obrigada Dulce pela tua receita. Já tenho os doces agendados e os tempos previstos e por isso não vou fazer para o Natal.. mas ficou-me a vontade de experimentar para o Ano Novo... vamos a ver como me saem :))
Aproveito este espacinho para responder à maria: as fatias da China não levam pão (possivelmente está a confundir com as rabanadas)
E se não levares a mal, fica aqui a receita das fatias da China para verem a diferença:
24 gemas
1 kg de açúcar
Batem-se as gemas muito tempo com a máquina até ficarem espumosas.
Unta-se um tacho, deitam-se as gemas e cozem-se em banho-maria.
Cortam-se depois em fatias com a espessura de um dedo e põem-se numa tigela de ir à mesa.
Faz-se uma calda com o açúcar e 1 litro de água. Ferve-se sem deixar fazer ponto e depois cobrem-se as fatias com esta calda.
Acompanhamento (para cortar o doce das Fatias):
Descascar laranjas, cortar em quartos e depois às rodelas.
Cortam-se tirinhas de casca sem o branco e deitam-se numa calda de açúcar, água e sumo de laranja. Ferve também sem fazer ponto. Cobrem-se as laranjas com esta calda, tempera-se com um golo de Licor Beirão e servem-se numa taça à parte
Não querendo transformar o teu blog de letras num blog de culinária, não resisti a deixar aqui também esta receita.
É muito fácil de fazer e tem um aspecto final lindíssimo.
Um beijinho grande
Ana Ramon
Nesta época do ano, até as palavras podem ser polvilhadas com açucar ...
Beijinhos.
Rabanadas, Fatias de Bispo… foi a melhor coisa que escreveste até hoje.
Dulce, minha querida, que lindo texto, que belas palavras; acabas de conquistar o meu coração.
Não direi ama-me. Direi apenas, ENGORDA-ME e serei teu.
(acho que fiquei doido)
Deliciosas.... eram das tuas ou da filha?
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