quarta-feira, março 08, 2006

Diz-me tu

Diz-me tu como te quero.
Tu.
Que me calaste as palavras
Num beijo tão longo
Que foste a minha boca
Que foste respirar
Que foste a minha voz.
Diz-me tu como te desejo.
Tu.
Que me ardeste no corpo
Num abraço tão apertado
Que me tornaste e me deste
Um desejo maior
O desejo de nós.
Diz-me tu como te amo.
Tu.
Que me tomaste as palavras
Que me tornaste desejo
E a quem em silêncio chamo
E a quem ardendo amo.
Diz-me tu, meu amor.
Diz-me tu de nós.

Encandescente, Colecção Polvo, 2005, p.57/58

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Bonito este poema da Ana, sobre o amor inserto que baila na cabeça de quem ama. Muitas vezes não sabemos dizer de nós o que nos enlaça, apenas gostamos e amamos por vezes em ténues momentos.

Boa escolha Dulce, bjs

1:47 da manhã  
Blogger Concha Pelayo/ AICA (de la Asociación Internacional de Críticos de Arte) said...

"Dime tú"

Díme.....¿qué has hecho de todo aquello...?

Bonitos y elocuentes versos.

8:32 da manhã  
Blogger José said...

Poema cheio de sensibilidade, este da Encandescente. Muito bonito.
Bjs.

9:00 da tarde  

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