A.
Apago as estrelas. A Lua esconde-se no brilho que o Sol anuncia.
Respiro profundamente. Espreguiço-me.
Lá fora um novo dia espreita. E sou eu, A., que sorrio a mais este dia novo.
Penso já no que farei. No que direi. No que escutarei.
Olho para trás para a cama vazia de mim, e entrevejo as minhas marcas nos lençóis amarrotados. Bem à pontinha da cama, naquele equilíbrio perfeito entre o não e o nada.
Daqui a pouco, as palavras brotarão vibrantes, semeando carícias na manhã.
Daqui a pouco, o Sol e a Lua, eternos viajantes desencontrados, cruzar-se-ão em mais um percurso perfeito.
Caminho ao Sol e o frio intenso faz saltar as lágrimas, mas é a sorrir que estou.
O café já tomado. As palavras revisitadas.
Volto a casa. Leve como um pássaro. Ofereço o rosto ao Sol e fecho os olhos para melhor o receber. Doce calor.
Súbito percorre-me um arrepio. Aquela desagradável sensação de ser observada. Desconfortável, olho em volta. É ao erguer o olhar para a minha janela que a vejo. Olha-me. Mais! Acusa-me. Na boca uma pergunta. Nos gestos o desalento.
Dispo-me e entro em casa.
À beira do passeio brilham ainda o Sol e a Lua, e os restos do calor e das palavras que na pressa deixei cair a um canto ...
Respiro profundamente. Espreguiço-me.
Lá fora um novo dia espreita. E sou eu, A., que sorrio a mais este dia novo.
Penso já no que farei. No que direi. No que escutarei.
Olho para trás para a cama vazia de mim, e entrevejo as minhas marcas nos lençóis amarrotados. Bem à pontinha da cama, naquele equilíbrio perfeito entre o não e o nada.
Daqui a pouco, as palavras brotarão vibrantes, semeando carícias na manhã.
Daqui a pouco, o Sol e a Lua, eternos viajantes desencontrados, cruzar-se-ão em mais um percurso perfeito.
Caminho ao Sol e o frio intenso faz saltar as lágrimas, mas é a sorrir que estou.
O café já tomado. As palavras revisitadas.
Volto a casa. Leve como um pássaro. Ofereço o rosto ao Sol e fecho os olhos para melhor o receber. Doce calor.
Súbito percorre-me um arrepio. Aquela desagradável sensação de ser observada. Desconfortável, olho em volta. É ao erguer o olhar para a minha janela que a vejo. Olha-me. Mais! Acusa-me. Na boca uma pergunta. Nos gestos o desalento.
Dispo-me e entro em casa.
À beira do passeio brilham ainda o Sol e a Lua, e os restos do calor e das palavras que na pressa deixei cair a um canto ...
11 Comments:
Linda prosa poética da qual e sou franca não entendi bem o final.Quem te acusa? Estavas tão feliz! Não o podes ser? beijos
Quando o outro eu me acusa...Gostei. Beijos, Dulce.
Vim aqui dizer-te porque sou quase semprea 1ª
Quando estou no pc (em casa) tenho instalada a nova modalidade do google que está no "mais". É o desktop.Assim, cada vez quealguém edita do blogger, aparece o aviso.
É só isto:)
beijos
Olá Dulce. revejo-me neste teu género de escrita.
Parece-me óbvio que tem um destinatário.
Um beijo
Lindo o teu texto, amiga!
Gostei muito de ler-te... :)
Muitos beijinhos, flores e sorrisos para ti, minha querida!
À beira do passeio andando
Vejo os teus olhos a brilhar
Pelo caminho avanço, pensando
No carinho que te vou dar
Doces Beijos,
Bom dia Dulce!
Bji
Dulce!
Estarás tu, minha querida amiga à beira de um ataque de nervos ?
Não serás só tu, decerto ...
Por favor...canta a vida e sorri!
Bji
"Dispo-me e entro em casa."
Não são apenas as pessoas: a vida usa uma máscara!
Há momentos que nos forçam à sensão espantosa de procura de uma nova identidade ou reformulação da mesma que -- enganados -- somos levados a pensar precisar de reformulação. Se estiver errado, dir-me-ás, mas fiquei com essa impressão: através desse jogo de luz e sombra -- não expkicitada mas adivinhada -- desse teu lugar vazio na cama -- a uma ponta. Haveria ali lugar para outrem -- procuras-te e desejas um contraponto que se adivinharia no espaço disponível à tua volta...
Bjs
Ola Dulce, procuro essas palavras caidas, neste canto entre linhas...
Neste preciso momento devias sim sentir arrepios! Estou a olhar para este teu texto e esforço-me por descodificar a mensagem, sei que ela existe! Mas onde?
Deixo aqui um beijinho para uma mulher que admiro imenso. Só te peço que te cuides bem e sejas feliz.
Obrigado pela visita, inda bem que desenferrujo o teu Alemão...
P:S: Adorei aqueles breves instantes em que dialogamos no jantar.
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