sexta-feira, janeiro 20, 2006

...

" - Olhe, a coisa de que eu mais gosto no mundo ... eu sinto aqui dentro, assim se abrindo ... Quase, quase posso dizer o que é mas não posso ...
- Tente explicar, disse ele de sobrancelhas franzidas.
- É como uma coisa que vai ser... É como ...
- É como? ... - inclinou-se ele, exigindo sério.
- É como uma vontade de respirar muito, mas também o medo ... Não sei ... Não sei, quase dói. É tudo ... É tudo."

LISPECTOR, Clarice, "Perto do Coração Selvagem", Relógio d'Água", Lisboa, 2000, p.54

2 Comments:

Blogger wind said...

Há coisas que nos "sufocam" de tão boas, que nem as conseguimos exprimir:) beijos

1:12 da tarde  
Blogger José said...

É tudo... É tudo...
Felicidade, Amor, Paixão...
É dificil de explicar e tem os seus medos... pelo menos de se perder.

Um beijo

3:02 da tarde  

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