As Estátuas
Para as estátuas puras e concretas
Existe o movimento da manhã
Tomam a luz nos dedos oferecidos
E o arco do céu saúda a sua face.
A claridade veste os seus vestidos
E nenhum gesto nelas é perdido.
As madrugadas escorrem dos seus ombros
E o vento poisa as tardes nos seus braços.
Sophia de Mello Breyner Andresen, "No tempo Dividido", Edit. Caminho, Lisboa, 2005, p.32
(Foto minha - Museu do Carmo)
Existe o movimento da manhã
Tomam a luz nos dedos oferecidos
E o arco do céu saúda a sua face.
A claridade veste os seus vestidos
E nenhum gesto nelas é perdido.
As madrugadas escorrem dos seus ombros
E o vento poisa as tardes nos seus braços.
Sophia de Mello Breyner Andresen, "No tempo Dividido", Edit. Caminho, Lisboa, 2005, p.32
(Foto minha - Museu do Carmo)
3 Comments:
Olá Dulce !
As estátuas !
Esses " seres " que nos olham com enlevo e serenidade e nos transportam a outros Espaços perdidos no Tempo.
Belos: foto e poema.
Bji
Um beijinho***
:)
Foi agradavel hoje ler aqui as palavras da Sophia. Uma imagem em perfeito encaixe com o poema. Beijinhos.
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