quarta-feira, novembro 09, 2005

As Estátuas

Para as estátuas puras e concretas
Existe o movimento da manhã

Tomam a luz nos dedos oferecidos
E o arco do céu saúda a sua face.

A claridade veste os seus vestidos
E nenhum gesto nelas é perdido.

As madrugadas escorrem dos seus ombros
E o vento poisa as tardes nos seus braços.

Sophia de Mello Breyner Andresen, "No tempo Dividido", Edit. Caminho, Lisboa, 2005, p.32

(Foto minha - Museu do Carmo)

3 Comments:

Blogger AQUENATÓN said...

Olá Dulce !

As estátuas !
Esses " seres " que nos olham com enlevo e serenidade e nos transportam a outros Espaços perdidos no Tempo.

Belos: foto e poema.

Bji

4:25 da tarde  
Blogger vero said...

Um beijinho***
:)

6:17 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Foi agradavel hoje ler aqui as palavras da Sophia. Uma imagem em perfeito encaixe com o poema. Beijinhos.

8:18 da tarde  

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