Silêncio
Não esperem que responda
à pergunta que não conseguiram formular.
As palavras são escravas do silêncio
que a minha voz deixou libertar.
Não queiram ouvir-me de novo
cantando canções que jamais saberei:
a pauta é longa no sono
que em toda a noite busquei.
Venham sem me trazer
eu já não sei de onde sou ...
Vão sem me levar
eu não sei para onde vou ...
ARRIMAR, Jorge, "Secretos Sinais", Instituto Cultural de Macau, 1992, p.127
à pergunta que não conseguiram formular.
As palavras são escravas do silêncio
que a minha voz deixou libertar.
Não queiram ouvir-me de novo
cantando canções que jamais saberei:
a pauta é longa no sono
que em toda a noite busquei.
Venham sem me trazer
eu já não sei de onde sou ...
Vão sem me levar
eu não sei para onde vou ...
ARRIMAR, Jorge, "Secretos Sinais", Instituto Cultural de Macau, 1992, p.127
7 Comments:
Gostei do poema do qual destaco os seguintes versos de gostei particularmente.
Não esperem que responda
à pergunta que não conseguiram formular.
Estive tentado a fazer um paralelismo, mas como era muito ousado, o melhor é ficar por aqui.
Um abraço. Augsuto
Não conhecias o meu blog individual? É um refúgio. Sempre do mesmo jeito. Um poema que li e de que gostei e a que procuro associar uma imagem adequada.
Sai, quando sai.
"...As palavras são escravas do silêncio..."
O «Silêncio» de Jorge Arrimar, não conheço muito sobre este autor mas saio daqui mais henriquecida.
Beijinhos.
adorei ler
adoro tuas escolhas
jocas maradas
BOOOOOOOM DIIIIIIIA Dulce !
Belo texto de um autor para mim completamente desconhecido.
Obrigado pela escolha e divulgação aqui.
Bji
Gostei deste silêncio :)
Bom fim de semana
beijoka da Lina/Mar Revolto
Gostei imenso.
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