terça-feira, outubro 11, 2005

Soneto presente

Não me digam mais nada senão morro
aqui neste lugar dentro de mim
a terra de onde venho é onde moro
o lugar de que sou é estar aqui.

Não me digam mais nada senão falo
e eu não posso dizer eu estou de pé.
De pé como um poeta ou um cavalo
de pé como quem deve estar quem é.

Aqui ninguém me diz quando me vendo
a não ser os que eu amo os que eu entendo
os que podem ser tanto como eu.

Aqui ninguém me põe a pata em cima
porque é de baixo que me vem acima
a força do lugar que fôr o meu

José Carlos Ary dos Santos, "Resumo", p. 15

6 Comments:

Blogger AQUENATÓN said...

Vejo que admiras muito Ary dos Santos.

Obrigado por me recordares esse grande poeta que tão cedo nos deixou.

A verdade em cada palavra.
O lutador feito poema.

Bji

3:47 da tarde  
Blogger Vagabundo said...

uiii... excelente, excelente o Louco Vagabundo, este é Portuga.

Bj Vagabundo

7:06 da tarde  
Blogger wind said...

O grande Ary:) beijos

11:27 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Eu sou de Almada, e vou em viatura própria; claro que não me importo nada de te levar, só que não te conheço assim como tu a mim, por isso teremos de combinar o ponto de encontro e horas para seguirmos p'ra janta. No meu blog em Menu Profile click aí e tens lá o meu e-mail em contacto que é para se poder trocar de nª de telemóvel. Não tenho a certeza mas acho que nunca aqui tinha estado... O soneto do Ary está soberbo

Beijos e então até sábado!

4:08 da manhã  
Blogger Wakewinha said...

Acho que este poema, em tudo se encontra com o meu estado de espírito no momento... =$

12:18 da tarde  
Blogger Maria Carvalho said...

Sem comentários...é sempre delicioso ler Ary dos Santos. Beijos

8:31 da tarde  

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