sexta-feira, outubro 21, 2005

Travessia

Barco.
Um berço nesta travessia entre duas margens.
O rio cinzento reflecte o dia.
Triste.
O barco balança e embala-me.
Os pensamentos toldados por uma sonolência leve.
Ao lado, sobre as águas as gaivotas planam,
asas abertas ao vento,
acompanhando-me nesta passagem.
Livres e belas.
Lisboa por entre a névoa.
Tão perto e tão longe.

2 Comments:

Blogger Maria Carvalho said...

Muito bonito este teu poema! Beijos e bom fim de semana

11:07 da tarde  
Blogger AQUENATÓN said...

Olá Dulce !

De Lisboa, chega-me um cheiro a maresia e voo rasante das gaivotas.
De Lisboa, chega-me a saudade das colinas e o som das guitarras de Alfama.
De Lisboa, chega-me o cheiro das castanhas assadas e o bailado das fragatas no cais.
Também o andar das violeteiras e os perfumes caros do Chiado.

De Lisboa chega-me o silêncio da madrugada, e a luz dos crepúsculos sobre as águas do Tejo...

Bji

11:51 da tarde  

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