...
O alfarrabista dorme
entre palavras velhas? ou
a súbita ternura que acorre aos
dedos disfarça os sons da morte?
O alfarrabista sonha com palavras
quando a palavra sonho já
não tem sentidos. A águia,
o mar, as delicadas datas
perpassam no seu sonho, quem
sabe, habitam a velha
casa de Hölderlin. Se o
alfarrabista morre, que
velhas palavras contarão
a sua vida?
Joaquim Pessoa, "Por outras palavras", Litexa Editora, 1990, p.34
(Foto em www.trekearth.com)
4 Comments:
Bom Dia Dulce !
O assunto deste teu post, vem mesmo a propósito, pela sua actualidade.
Imagina que ontem, um amigo meu, que foi herdeiro há uns anos de uma imensa fortuna e de uma raríssima biblioteca, onde pontificam 1ªs Edições das mais variadas obras e épocas, me ofereceu uma colecção de 15 peças de teatro na sua maioria publicadas entre 1850 e 1870.
Velhinhos livros, que fariam a delícia de muitos alfarrabistas ou bibliógrafos mais " atentos " que eu.
São livros raros, peças antigas, oferecidas a quem publicou recentemente a sua 1ª obra de teatro, e tem em preparação mais duas obras de teatro histórico.
Parece que me vai oferecer outras obras, que não aprecia, em nome de uma amizade antiga e sempre conservada.
Bem-haja.
Bji
Espero-te no email, com todo o gosto!
Obrigado
Bj
Bem precisamos que não desapareçam os hábitos de leitura. bjs
Olhos da noite:
Preserva-os bem! Essa é uma oferta rara e inestimável!!
Bjs.
Wind:
Já são várias as pessoas a quem eu fomento esses hábitos. Mas a quem me deu mais gozo fazê-lo foi às minhas filhas.
Bjs.
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