sábado, outubro 01, 2005

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Quantas lágrimas existem por trás das máscaras! Quanto mais poderia o homem chegar ao encontro com o outro homem se nos aproximássemos uns dos outros como necessitados que somos, em vez de fazermos figura de fortes! Se deixássemos de nos mostrar auto-suficientes e nos atrevessemos a reconhecer a grande necessidade que temos do outro para continuarmos a viver, como mortos de sede que na verdade estamos! Quanto mal poderia ser evitado!

SABATO, Ernesto, "Resistir", Dom Quixote, Lisboa, 2005, p.78,79