Quotidiano
Morre todas as noites uma águia
que só da minha vida se alimenta
Que mistura de cânhamo e de carne
no seu rasto de sangue me desvenda
Morre todas as noites no momento
em que volta a nascer a madrugada
E para lhe fugir ainda é cedo
E para celebrá-la já é tarde
David Mourão-Ferreira, "Quatro Tempos", p.24
(publicado em 10/09/2005)
que só da minha vida se alimenta
Que mistura de cânhamo e de carne
no seu rasto de sangue me desvenda
Morre todas as noites no momento
em que volta a nascer a madrugada
E para lhe fugir ainda é cedo
E para celebrá-la já é tarde
David Mourão-Ferreira, "Quatro Tempos", p.24
(publicado em 10/09/2005)
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home