quinta-feira, setembro 29, 2005

Lisbon Revisited (excerto)

Nada me prende a nada.
Quero cinquenta coisas ao mesmo tempo.
Anseio com uma angústia de fome e carne
O que não sei que seja -
Definidamente pelo indefinido...
Durmo irrequieto, e vivo num sonhar irrequieto
De quem dorme irrequieto, metade a sonhar.

CAMPOS, Álvaro de, "Poesias", Clássica Editora,Porto, 1993, p.230

(publicado em 21/09/2005)